Parmênides – sobre a natureza

Primeiramente, quem foi Parmênides?
Foi um filósofo da Grécia que viveu entre 530 e  460 a.C. – Natural de Eléia, uma cidade da costa sul da Magna Grécia. Nasceu em uma família, supostamente, abastada e, segundo alguns estudiosos, Parmênides teve contato com a filosofia através da escola Pitagórica especialmente com Ameinias.

Primeiramente, quem foi Parmênides?
Foi um filósofo da Grécia que viveu entre 530 e  460 a.C. – Natural de Eléia, uma cidade da costa sul da Magna Grécia. Nascido de família, supostamente, rica e segundo alguns estudiosos, Parmênides teve contato com a filosofia através da escola Pitagórica especialmente com Ameinias.

A ideia …
Segundo Parmênides, para existir o SER, o mesmo precisa ser dito, logo, há uma identidade entre SER, PENSAR E DIZER. Sendo a verdade exclusiva dos deuses, entre os mortais há a via da opinião (dóxa), causada pelas ilusões dos nossos sentidos. A verdade é, pois, a base do pensamento, já que o ser, o que existe é aquilo que pode ser pensado. Assim sendo, o que não É, ou seja,  o não SER – o que não existe, não pode ser pensado nem, portanto, dito, sendo este um caminho ilusório.

Parmênides

Parmênides escreveu apenas uma obra que, Infelizmente,  chegou até nós apenas os fragmentos. Essa obra ficou conhecida como; SOBRE A NATUREZA.
Abaixo está um trecho, dividido em seis proposições da obra de Parmênides que vale a pena conhecer.

1 – Ou algo existe ou algo não existe.
2 – Se é possível pensar em algo, esse algo pode existir.
3 – Nada não pode existir.
4 – Se podemos pensar em algo esse algo não é nada.
5 – Se podemos pensar em algo esse algo tem quem ser alguma coisa.
6 – Se podemos pensar em algo esse algo tem que existir.  

 1 – 2  Obviamente, essa afirmativa segue uma noção básica que, se lermos sem um real compromisso investigativo vamos achar meio infantil, no entanto, quando nos debruçamos sobre a mesma, começamos a ficar surpreendidos com o gatilho que é ativado no nosso intelecto, vale lembrar que; a afirmação 1 pode conectar-se a afirmação.
De antemão digo que, concordo com Parmênides quando o mesmo identifica e separa a existência da inexistência.
Todavia, como pensar em algo inexistente, já que ao pensarmos, deslocamos esse objeto para a campo da existência (ver nº 6).

Nas afirmativas 1 e 2 temos um dualismo consistente, coeso e antagônico que só fazem sentido se forem complementares.

3 – Na afirmativa 3, Parmênides enfatiza que o objeto “Nada” não pode existir, porém, como ter certeza de que o Nada não existe? Se é possível pensar em algo, esse algo pode existir.

4 – 5 – Se pensamos em algo, é plausível então que, tal objeto que gerou o pensamento seja real para os nossos sentidos em um contexto inteligível, doravante ao analisarmos essa sentença concatenando-a com a proposição 5 concluiremos que; se pensamos logo existe. Certamente, podemos dar a esse conceito de existência um tom, predominantemente, subjetivo em alguns casos, sendo esses objetos possibilidades puramente abstratas.

6 –  Talvez, essa última sentença seja a que endossou a criação da teoria das formas de Platão, já que o mesmo condensou em sua teoria o uso do inatismo e da imutabilidade defendida por Parmênides, ambas anexadas a mundo perfeito.
Não obstante, quando adentramos com o conhecimento atual, sobretudo, com o senso científico, acabamos por não dar muito crédito a essa ponderação, tampouco, levamos a cabo tal possibilidade de;  penso logo existe (não confundir com Descartes).

Em suma, se conseguimos pensar em algo, esse algo deve (tem) que existir, caso contrário, não conseguiríamos enxergar em nosso intelecto esse objeto, inclusive sua inexistência. Por este motivo creio que, o nosso limite está delineado pura e simplesmente pelos sentidos gerando um juízo sendo o homem um ser social.

A visão de Parmênides está vinculada e contempla, sem muitos impasses, o pensamento dogmático e mitológico que, era comum naquela época entre os  Gregos. Consequentemente, essa forma de filosofia sobre o entendimento do SER e toda sua ontologia foi amplificada por Platão e, posteriormente, alimentou, principalmente a religião cristã.

► Metaética

Autor: Metaética

Filosofia Cotidiana.

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