Duas perspectivas e o estímulo da filosofia

A história da filosofia pode ser abordada usando duas perspectivas;

Filosofia

A história da filosofia pode ser abordada ao longo de duas perspectivas, sendo;
1 – por períodos históricos e
2 – por área.

1 – Períodos históricos  Sua utilidade está em nos permitir ter uma visão da filosofia a partir dos períodos históricos, assim sendo, observamos o contexto no qual os pensamentos dos filósofos foram elaborados. Diante disso, acompanhamos as mudanças e variações dos pensamentos filosóficos e, igualmente, nas relações sociais, como por exemplo, com o fim da filosofia clássica e o início da helenística.
Nesse caso, podemos apontar também; a conquista da Grécia por Alexandre Magno; o surgimento da Filosofia Medieval a partir do advento do cristianismo; da Filosofia Moderna livrando-se da influência da Igreja no pensamento; da Filosofia de Karl Marx influenciada pela Revolução Industrial.

Nos períodos históricos podemos dividir a filosofia em quatro partes. São elas;

  •          Filosofia antiga;
  •          Filosofia Medieval;
  •          Filosofia Moderna;
  •          Filosofia Contemporânea.

2 – Por área  O estudo da filosofia por área engloba uma gama de conhecimentos, observa-se também sua abrangência e legado deixado em determinada época.

Ao analisarmos os temas dados pela filosofia e esmiúça-los para uma reflexão mais consistente, rica e coerente usando as abordagens supracitadas, ou seja, contexto, mudanças e variações, tanto no âmbito filosófico como no social,  temos no tratamento por área uma compreensibilidade mais atraente, no entanto, é prudente afirmar que ambas podem, e, em alguns casos, devem e ou precisam ser complementares.

A filosofia tem, por conveniência, uma melhor estruturação na área em que o tema será tratado, podendo ser subdividido e classificado para o melhor desenvolvimento da proposição.

Ao considerarmos os estudos de algum pensamento junto ao período, é possível compara-los usando o conteúdo de distintos filósofos que, versaram sobre determinado assunto / tema. Desta forma, passará a ter um panorama bem mais vasto, portanto, ao complementarmos os períodos históricos com a área no qual o tema está inserido, é correto afirmar que, a parcela de compreensão tende a alcançar patamares favoráveis, portanto.

A gênese da filosofia.

A filosofia nasce na Grande Grécia em meados do século IV a.C com a escola Jônica. Os filósofos daquela época se preocupavam em entender, considerar e estudar sobre o princípio, ou seja, a origem ou, melhor dizendo,  a gênese do SER e de todas as coisas.

Para expressar o SER, alguns filósofos utilizaram o termo physis que frequentemente é traduzido por física, matéria ou natureza e, estavam em busca do princípio de todas as coisas, ou a arqué. Assim, desde Aristóteles se supõe que, eles estavam em busca de um princípio físico ou material de tudo, o que não é correto, pois, estavam, na verdade, em busca do SER e, da origem das coisas. Em virtude deste equívoco, este período é também denominado naturalista ou cosmológico, e seus representantes físicos. Outra dificuldade está na integridade das obras destes filósofos, pois pouca ou quase nenhuma obra nos chegou por completo, mas somente fragmentos, geralmente encontrados em literaturas como as de Aristóteles e Diógenes Laércio que, em algum momento, mencionaram esses filósofos.

As principais escolas do período pré-socrático são: a escola Jônica, os Pitagóricos, os Eleatas e os físicos Ecléticos. Todos refletiram sobre o princípio originário de todas as coisas, conforme dito acima.

O que fez e faz a filosofia funcionar, além da óbvia diligência é a negação de si. Elucidando essa negação de si que movimenta a filosofia, temos, como exemplo um importante representante da escola dos Eleatas, a saber; Parmênides, que propõe a seguinte sentença; “o ser é – e o não ser – não é”

Heráclito de Éfeso elabora a seguinte tese; “tudo se move”, “tudo flui” (pantha rhei). Explicando que todas as coisas são a harmonia dos contrários decorrente de uma guerra constante entre eles. Dentre suas fases famosas destacamos duas: “Não podemos descer duas vezes o mesmo rio” e “Nós descemos e não descemos pelo mesmo rio; somos e não somos”.
A primeira crise da filosofia foi provocada pelas posições antagônicas destes dois filósofos e a partir daí começam as tentativas de solução.

► Metaética

Autor: Metaética

Filosofia Cotidiana.

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